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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Polícia revela que investigação contra droga na prisão de Bangu durou três meses

Com os agentes, o Sispen encontrou quase 100 kg de droga, celulares e equipamentos eletrônicos. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) divulgou o trecho de uma conversa entre duas pessoas. De acordo com as primeiras informações da Seap, o homem seria um preso. Quanto à voz feminina na mesma gravação, a secretaria analisa se é da mulher presa nesta quarta-feira.

No diálogo, segundo a Seap, os interlocutores utilizam a palavra “bruxo” para se referir a agentes penitenciários. Na conversa, a dupla faz uma suposta negociação usando algumas palavras em código. A polícia já identificou dois presos que comandavam o esquema de dentro da cadeia. Eles devem ser transferidos para um presídio de segurança máxima fora do estado do Rio de Janeiro.

313 chips de celular
De acordo com a Seap, as drogas e os eletrônicos apreendidos, incluindo 313 chips de celular, entrariam no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no carro do próprio agente penitenciário. O veículo foi interceptado pelos agentes do Sispen na Favela de Vila Kennedy, na Zona Oeste.

A Secretaria informou que a "delegacia responsável pelo registro de ocorrência está apurando se houve desvio ou conivência de uma central de telefonia tendo em vista os 313 chips de telefone apreendidos e a forma com que estavam embalados".

O carro onde o grupo foi preso já estava sendo rastreado pelo núcleo de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O objetivo dos agentes era entrar no conjunto de presídios por um acesso sem monitoramento de câmeras, através de uma vila vizinha ao local.

De acordo com a Seap, o terreno onde está a vila de casas pertence ao governo do estado e foi ocupado irregularmente. A Secretaria diz que os moradores abriram a passagem sem o conhecimento das autoridades e as casas estão em processo de reintegração de posse.

"Ia entrar no próprio carro deles. Ele usou um caminho que foge do nosso controle, um caminho que não passou pela nossa portaria, que tem um dispositivo todo de monitoramento de câmeras. (O agente) Usou um atalho por dentro de uma residência, só pra sair, e, provavelmente, ele ia retornar nesse mesmo carro", afirmou o secretário de Administração Penitenciária do Rio, César Rubens Monteiro de Carvalho, acrescentando ainda que a participação de outros agentes penitenciários não está descartada.

A Seap ainda apura quais seriam as unidades que receberiam o material. O Complexo de Bangu tem cerca de 16 mil detentos em 26 unidades prisionais.

Todos os presos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
fonte: G1

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