Carlos Rhienck/Hoje em Dia
Em greve, policiais civis fazem protesto com faixas em outros idiomas na Praça Sete
Para chamar a atenção dos turistas que estão em Belo Horizonte para o jogo entre Taiti e Nigéria nesta segunda-feira (17), policiais civis preparam faixas em diferentes idiomas e expuseram o material na Praça Sete, no hipercentro.
Em uma delas pode-se ler em inglês: "Tourist, in Minas Gerais State we cannot ensure your safety! The police is scrapped!", que na tradução livre quer dizer: "Turista, em Minas Gerais nós não podemos garantir a sua segurança. A polícia está sucateada".
Cartaz em inglês alerta: "Querido turista, no Estado de Minas Gerais você não está seguro!!!"
Em outra faixa, os manifestantes chamam a atenção dos turistas que falam espanhol: "Turista. En Minas Gerais usted no está seguro!!!", que em português significa: "Turista, em Minas Gerais você não está seguro.
A manifestação que ocorre na Praça Sete nesta segunda-feira também reúne trabalhadores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Segundo Beatriz Cerqueira, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), representante dos professores, o movimento é contra os governantes corruptos e contra a retirada de direitos da população.
"Ninguém é dono dos recentes atos de rua, o movimento é de todos, mas a unificação aglutina forças no momento que o nosso estado é vitrine com a Copa das Confederações. Não teremos outra oportunidade como essa!", cita o texto do evento.
Reivindicações
A principal reclamação dos policiais civis é referente à Lei Orgânica proposta pelo governo. Segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), a lei é insuficiente.
Os policiais civis exigem que o projeto seja trocado pelo substitutivo feito em 2011 pelas entidades de classe. A categoria ainda afirma que quem fez a Lei Orgânica não entende o dia a dia dos policiais civis, uma vez que a mesma tira direitos, como a promoção a nível especial e única proposta de aumento de cargos para delegados.
Os policiais também lutam contra o sucateamento e pedem a equiparação do salário da base a um terço do salário de delegado geral grau B, a reestruturação das carreiras administrativas, concurso público para nomeação de mais investigadores e melhores condições de trabalho.
(*) Com Tabata Martins e Thaís Mota
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