Presos no PB1, agentes penitenciários entraram em pânico na hora da rebelião, diz Ednaldo Correia
31/05/2012 | 09h25min
Há alguns meses, um policial militar em Campina Grande foi acusado de estupro e ficou detido no 2º Batalhão da PM, longe da bandidagem. Meses à frente, um agente da Polícia Civil, acusado de suposta colaboração com assaltantes de banco, foi preso e encontra-se na sede da 2ª DRPC, também em Campina, também afastado da massa carcerária. No entanto, sete agentes penitenciários foram presos durante uma operação policial recente no município de Patos (PB) e – pasme – levados para o presídio PB1, em João Pessoa, onde eclodiu nessa terça-feira (29) o que estão chamando de “a maior rebelião da história na Paraíba”.
Ou seja, há flagrantemente dois pesos e duas medidas nos casos expostos. É simplesmente inadmissível que agentes penitenciários – notadamente os do caso em tela, que ainda não foram julgados – sejam recolhidos ao lado de apenados, por questões óbvias.
De acordo com o presidente doSindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e Servidores do Estado da Paraíba (Sasps/PB), Ednaldo Correia, os agentes entraram em pânico quando os presos começaram a queimar os colchões e quebrar as grades, no motim desta semana.
- Eles ficaram atordoados, tinham certeza que seriam mortos na rebelão, pois os presos destruiram o presídio. Por muita sorte, os agentes de plantão conseguiram retirar os colegas que estão presos em celas separadas, mas o fato de estarem em outro pavilhão não garante absolutamente nada. É lamentável que agentes penitenciáiros, servidores concursados deste estado, sejam tratados dessa maneira – disse Ednaldo, em contato com o ParaibaemQAP.
Na avaliação do sindicalista, não se trata de querer defender servidor público que tenha desvio de conduta, mas “profissional da segurança pública não pode ficar preso ao lado de bandidos. Isso é uma questão lógica!”, completa.
Ednaldo disse que ele e o presidente do Sindicato dos Técnicos e Agentes Penitenciáiros da Paraíba (Sintapen), Junior Cavalcante, procuraram os setores competentes para transferir os agentes que estão respondendo a processo presos. “Não estamos defendo quem possivelmente tenha cometido crimes. Apenas queremos ser tratados como os policiais, por exemplo, que nessas circunstâncias ficam presos em locais seguros”, concluiu Ednaldo Correia.
ParaibaQAP
grande vitória obtida pelos agentes penitenciários de Rondônia foi nesta quarta-feira
Na quebra de braço entre Governo e agentes penitenciários, venceu a categoria. A grande vitória obtida pelos agentes penitenciários de Rondônia foi nesta quarta-feira (30), na Assembleia Legislativa, onde garantiram o direito ao porte de arma fora de serviço. O feito foi graças à atuação dos deputados que derrubaram o veto do governador Confúcio Moura (PMDB) por 13 votos a 1 referente ao Projeto de Lei nº 403/12, que regulamenta o assunto. No contraponto, o Governo sofre sua primeira grande no Poder Legislativo.
O autor da Lei, deputado Luizinho Goebel (PV), deixou claro sua insatisfação por ter que votar contra um veto que para eles, deputados, é um absurdo o governo ter negado. “Os agentes poder ficar armados é o mínimo de proteção que eles podem conseguir. Os presos que eles cuidam estão guardados e os comparsas que se encontram fora dos presídios? Os trabalhadores estão correndo risco junto com suas famílias”.
"Uma grande conquista dos agentes penitenciários de Rondônia. Conseguimos fazer valer o direito de nos defender e proteger nossa família. A atual Diretoria brigou muito por isso e agora somos coroados pelo nosso esforço", comemorou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira.
Segundo a OIT (organização Internacional do Trabalho) a profissão de agente penitenciário é a segunda mais perigosa de todo o mundo. Estes servidores estão em uma tensão total, se acontece uma rebelião eles viram vítimas muitas vezes fatais dos apenados.
SUSPENSE
Para que o veto fosse quebrado a comissão teria que obter 13 votos contra. Doze deputados votaram contra a proposta do governador e para que tudo corresse de acordo com o que era esperado o 12º voto demorou a sair, pois não tinha mais um deputado a votar.
A angústia tomou conta de um grupo de cerca de 50 agentes que estavam em companhia do presidente do Singeperon. Depois de quase dez minutos, a deputada Ana da 8 foi localizada em seu gabinete e deu fim ao sofrimento dos trabalhadores dando o voto decisivo.
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