oficiais são presos por desviar R$ 300 mi do sistema prisional
A 17ª Vara Criminal de Maceió determinou nesta segunda-feira a prisão dos coroneis Luiz Bugarin e Erivaldo Albinos dos Santos, e do tenente Armando Leite da Silva, da Polícia Militar alagoana, além de mais oito pessoas, acusadas de um desvio milionário no sistema prisional de Alagoas. Os PMs detidos eram gestores do serviço penitenciário no período investigado pelo Ministério Público do Estado.
A Operação Espectro, deflagrada no dia 6 de março, revelou um desvio de R$ 300 milhões em alimentos. As investigações apontam que as empresas vendiam, mas não entregavam os produtos e ainda triplicavam o valor nas notas fiscais. Bugarin era ex-intendente do sistema penitenciário e Erivaldo, coordenador financeiro. O governo ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Doze empresas estão na mira da investigação, mas 73 podem estar envolvidas na fraude. Os crimes são de peculato, corrupção passiva e ativa, falsificação de documento público e de documento particular, fraude em licitação, formação de quadrilha e sonegação fiscal.
Além dos oficiais, foram presos um capitão da PM, Armando Leite da Silva, o funcionário público Cícero Veríssimo Ferreira, o escrivão de polícia Ibernon Vieira Santos, a comerciante Maria Eunice Lopes da Silva, bem como três empresários: Pedro Paulino dos Santos Neto, Luiz Carlos Lins de Lima, Luiza Maria de Barros Leodino.
Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte decidiram realizar uma paralisação de advertência por dois dias, em virtude do não cumprimento da pauta de reivindicações da categoria por parte do Governo do Estado. Com isso, neste fim de semana, o efetivo irá desenvolver a operação padrão, cortando, por exemplo, a revista na alimentação dos presos. De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN, Vilma Batista, a categoria teve uma reunião com o secretário interino de Justiça e Cidadania, Aldair da Rocha, no entanto, nada de concreto foi resolvido. “Ele ficou de tentar marcar um encontro nosso com a Casa Civil, mas isso não foi feito. Então, decidimos em assembleia de emergência deflagrar essa paralisação de advertência”, afirma.
A assembleia dos agentes penitenciários foi realizada na tarde desta sexta-feira (20). A expectativa da categoria é que alguma resposta para os pleitos fosse dada até hoje, como isso não foi feito, eles decidiram fazer a mobilização. Vilma Batista explicou que foram apresentadas 11 pautas, que passam pela melhoria no sistema carcerário como também pelo reajuste salarial. “Fomos a única categoria de servidores do Governo que não foi atendida em nada. Apresentamos nosso reajuste salarial e encaminhamos para eles e, até agora, nenhum resposta foi dada. Ou seja, estão ignorando os agentes penitenciários”, completou a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN.
Vilma Batista ressalta que a categoria não queria chegar ao ponto de fazer uma paralisação, entretanto, precisa pressionar o Governo, tendo em vista que nem mesmo um novo secretário de Justiça foi nomeado, após a saída do advogado Fábio Hollanda. Após a mobilização feita neste sábado e domingo, os agentes voltam a se reunir em assembleia na próxima quarta-feira (25).

Nenhum comentário:
Postar um comentário