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Camisas da Polícia Penal

sábado, 21 de abril de 2012

O advogado criminalista Marcos Espínola diz que o primeiro passo para organizr o sistema penitenciário brasileiro é colocando especialistas no comando. Depois, é preciso investir na ressocialização

Rio -  O sistema penitenciário brasileiro continua agonizando. Somos um país detento da nossa própria incompetência, assistindo à superlotação nos presídios se tornar grave problema social, pois o número de presos cresce quase três vezes mais que as vagas oferecidas.
Números recentes revelam que de 2005 a 2010 foram presas 135 mil pessoas, mas só foram criadas 58 mil vagas. Hoje, nossa população carcerária ultrapassa 500 mil pessoas, que na prática, vivem amontoadas, distribuídas numa média de 10 pessoas por vaga. Mas, segundo uns dos princípios da física mais conhecido, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.
Para alguns, o sistema prisional brasileiro foi sucateado e os investimentos só acontecem quando há crise mais visível, através de rebeliões. Por outro lado, muitos afirmam que a política de construir presídio para acabar com o déficit carcerário é como cachorro correndo atrás do próprio rabo.
Já a população de um modo geral aposta na varredura dos bandidos das ruas, trazendo de volta a paz social; porém, sabemos que não é bem assim. Como em outras áreas, esse setor também está politizado e o primeiro passo para organizá-lo é colocando especialistas no comando. Depois, é preciso investir na ressocialização.
São várias as leituras que podemos ter, pois, se a população carcerária vem crescendo, é porque de certa forma certos crimes tiveram endurecimento na punição. Por outro lado, a prisão provisória representa cerca de 40% do total de detentos a cada ano. Se continuarmos nesse ritmo, chegará um dia em que a população carcerária será predominante na sociedade brasileira.
Advogado criminalista

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