De acordo com
Leuces Teixeira, a transferência estaria acontecendo “na calada da noite”, sem
que familiares e defensores saibam da mudança. A instituição foi construída
para 300 detentos, um anexo foi levantado com mais 280 vagas. Hoje o presídio
tem lugar para 600 detentos, mas abriga 1.100 condenados ou aguardando
julgamento. “E estamos recebendo presos de Araguari, Iturama, Araxá e
Patrocínio, inclusive de alta periculosidade, pertencentes a outras facções
criminosas, sem que nossos agentes tenham preparo para lidar com essa gente.
E a direção
pega nossos presos e manda para Patrocínio ou Francisco de Sá, na divisa com a
Bahia”, afirma. Para Lucas Teixeira, o mais grave é que familiares só tomam
conhecimento destas “transferências” no portão, no dia de visita. “E nós advogados
somos indagados por que não os avisamos.
A situação é grave. Detentos provisórios,
cujos processos estão em andamento, estarão arbitrariamente afastados, o que
torna suas defesas vulneráveis”, frisa.
À reportagem,
o diretor da penitenciária, Itamar da Silva Rodrigues Júnior, disse que já
foram transferidos 95 detentos desde que se iniciou o trabalho contra a
superlotação, após pedido à Secretaria Estadual de Segurança. Todos foram para
Patrocínio e já possuem alguma condenação. O objetivo seria desafogar a
penitenciária e dar maior segurança a detentos e agentes que atuam na unidade.
“Quando decidimos transferir, não podemos avisar familiares e nem advogados a
fim de manter a segurança daqueles agentes que fazem o transporte. Se
avisarmos, haverá prejuízo à escolta”, explica.
José Irineu
Rodrigues foi morto com 3 tiros na cabeça em agosto de 2011.
Homem fugiu com outro detento no dia 9 de
abril do Presídio de Alfenas.
Do G1 Sul de
Minas
A Secretaria de Estado de Defesa Social
divulgou uma nota nesta quarta-feira (18) informando que um procedimento
interno foi instaurado para investigar as circunstâncias da fuga do suspeito de
matar o ex-prefeito de Carvalhópolis e de mais um detento, foragidos desde o
dia 9 de abril do Presídio de Alfenas (MG).
José Irineu
Rodrigues foi morto com 3 tiros na cabeça em agosto de 2011. O homem de 27 anos
estava preso desde a época do crime e aguardava julgamento. Ele e outro detento
fugiram da fábrica de blocos, que fica dentro do presídio. A nota da Defesa
Social ainda esclarece que o preso tinha autorização judicial para trabalhar no
local.
O juiz da 1ª
Vara de Machado, Fernando Tamborini, que cuida do processo do suspeito, não
havia sido informado de que ele estava realizando trabalhos internos no
Presídio de Alfenas. Segundo o juiz, o benefício de redução de pena normalmente
é concedido a presos com bom comportamento, mesmo que ainda não tenham sido
julgados. O delegado de Machado, Cleovaldo Marcos Pereira, disse que só recebeu
o mandado de recaptura do suspeito quase 10 dias após a fuga.
O crime O
ex-prefeito de Carvalhópolis e de Cordislândia, ambas no Sul de Minas, José
Irineu Rodrigues, foi morto na tarde do dia 16 de agosto de 2011 às margens da
MG-453 com três tiros na cabeça próximo ao distrito de Douradinho, em Machado.
O suspeito de 27 anos foi preso durante a noite, duas horas após o crime, no
município de Turvolândia (MG). A polícia acredita que ele tenha sido contratado
para matar o político. O suspeito era natural do Maranhão, morava em São Paulo
e não conhecia a vítima ou tinha qualquer relação com a região. A polícia
trabalha com as possibilidades de prováveis acerto de contas, dívidas ou
desavença e investiga ainda se houve algum mandante. A hipótese de crime
político foi descartada. Segundo a polícia, o suspeito teria ligado no celular
do ex-prefeito, que era advogado, com o pretexto de contratá-lo para atuar em
uma causa trabalhista. Quando Rodrigues chegou ao local marcado, às margens da
rodovia, o suspeito foi até a porta do carro dele e disparou três vezes contra
a cabeça do político. A arma usada no crime foi encontrada dois dias depois. A
pistola 380 foi encontrada no bairro Camargos, na zona rural de Machado, a
cerca de dois quilômetros do local indicado pelo suspeito. Ela estava em um
matagal, às margens de uma rodovia.
Uma das filhas de Rodrigues afirmou em
entrevista que o pai tinha inimigos, mas que desconhecia que ele vinha sendo
ameaçado de morte. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito negou a autoria do
crime dizendo que ele teria sido cometido por uma outra pessoa que estava com
ele.
O suspeito
estava preso na Cadeia de Machado, mas de acordo com o Ministério Público, ele
foi transferido para o Presídio de Alfenas por ser um local de segurança mais
reforçada.
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Juíza vai ser
transferida.
Plano foi descoberto pela direção do presídio de
Ipaba
A direção do
presídio descobriu o plano depois de receber um bilhete de um detento. Ele
denunciava que sete presos planejavam executar a juíza da vara de execuções
penais de Ipatinga, Marli Braga, e um advogado. Tudo estaria sendo arquitetado
por um detento do presídio de Contagem.
Segundo o
diretor do presídio Adão dos Anjos, o líder do crime organizado que está
envolvido no caso. A mensagem foi entregue à direção da penitenciária de Ipaba
no dia 7 de fevereiro. O diretor do presídio, Adão dos Anjos, diz que pouco
depois, foi apreendido um celular na unidade. Nele, estava a foto de uma filha
da juíza.
Segundo as
investigações, o plano era matar o advogado e, provavelmente, sequestrar Marli.
O grupo estaria insatisfeito porque a juíza não teria dado ganho de causa a
ações favoráveis a ele. Os sete detentos de Ipaba foram transferidos para
diferentes unidades prisionais do estado.
O líder deles
foi levado de Contagem para o presídio de Francisco Sá, no norte de Minas
Gerais. Com isso, a ideia foi desarticular as ações do grupo.
A juíza foi
orientada pelo centro de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do
Estado a não se pronunciar sobre o caso. Ela deve ser transferida para Belo
Horizonte até o começo de maio. A filha da magistrada, já saiu do Vale do Aço
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