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Camisas da Polícia Penal

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ex-goleiro Bruno trabalha na faxina por remissão de pena

Acusado pela morte de Elisa Samudio também recebe três quartos do salário mínimo pela função


FREDERICO HAIKAL/ARQUIVO
goleiro bruno
Bruno: benefício vale para condenação por cárcere privado, lesão corporal e constragimento ilegal
Desde julho deste ano, o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza ganha R$ 408,75 para limpar o pavilhão onde está preso, na Penintenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O atleta é acusado de envolvimento no desaparecimento e morte da modelo Eliza Samudio. Segundo a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), Bruno faz parte dos 11.300 presos do sistema prisional de Minas Gerais que trabalha enquanto cumpre pena.

Conforme a Seds, em meados de 2010, o ex-goleiro foi selecionado pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade, que é uma equipe multiprofissional de avaliação, composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, pedagogos, dentistas, gerentes de produção e diretores, para desenvolver a atividade na penitenciária. A remuneração de Bruno é determinada pela Lei de Execuções Penais (LEP), que estabelece o pagamento de três quartos do salário mínimo.

Além da remuneração, o atleta recebe o benefício de remissão de pena. Para cada três dias trabalhados dentro da penitenciária, ele abate um dia de prisão pela condenação por cárcere privado, lesão corporal e constragimento ilegal contra sua ex-amante. Pelos crimes, que teriam ocorrido em outubro de 2009, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro a quatro anos e seis meses de detenção.

Pela Justiça de Minas Gerais, o atleta responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. A data do julgamento ainda não foi definida, mas deve ocorrer em 2012.

Na última quarta-feira (23), Bruno deu entrada no processo de separação da mãe de suas duas filhas, Dayanne Rodrigues. Pelo acordo firmado, Bruno terá que pagar pensão alimentícia de uma salário mínimo para cada uma de suas filhas. Além disso, Dayanne terá direito a metade do sítio do atleta, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, avaliado em R$ 1,2 milhão. O imóvel já está à venda.

Eliza Samudio

O ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; o primo Sérgio Rosa Sales e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, respondem aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. 

Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado.

O julgamento que definirá o futuro dos acusados deve ocorrer nos próximos meses. Em agosto, a Justiça decidiu, pela segunda vez, que os oito vão a júri popular pelo crime envolvendo a ex-modelo. Durante a audiência, os desembargadores Doorgal Andrade, Hebert Carneiro e Delmival de Almeida Campos, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), reforçaram a decisão tomada pela juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.

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