O governador Teotônio Vilela Filho inaugurou na manha desta quinta-feira (17), no complexo penitenciário de Maceió, o Módulo de Segurança Máxima. Concluído em apenas três meses é a primeira unidade deste tipo a ser construída em Alagoas. Além da economia e praticidade operacional o módulo vai permitir separar “o joio do trigo”, deixando a Superintendência Geral de Administração Penitenciária mais tranquila para desenvolver os projetos de ressocialização.
O governador elogiou o trabalho desenvolvido na Sgap e destacou o empenho de toda a equipe envolvida no projeto do Módulo de Segurança Máxima. “Isso aqui é prova de que quando todos estão engajados e coloca a disposição o espírito da cidadania tudo pode dar certo. É mais um passo para modernizar o sistema penitenciário”, destacou Teotonio Vilela.
O secretário da Defesa Social, Dário Cesar Cavalcante destacou a ousadia e capacidade de toda a equipe da Sgap na administração da instituição. “Nós éramos os únicos no país sem uma unidade de segurança máxima. Hoje podemos nos orgulhar, com planejamento e recursos próprios concluímos a obra dentro do prazo, é uma nova página na história de Alagoas”, afirmou o secretário.
O superintendente geral de Administração Penitenciária usou as palavras do poeta Fernando Pessoa, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, para falar da nova fase vivida pelo sistema prisional.
“A construção do módulo não representa apenas concreto. Ela traz segurança para os agentes, respeito e dignidade. É a primeira unidade desse tipo erguida no estado. Com planejamento e foco na gestão o sistema prisional avança, os horizontes se estendem, e nos empenhamos para buscar mais”, enfatizou Carlos Luna.
Segundo o desembargador Tutmés Ayran, somos sempre lembrados nas manchetes como detentores dos piores índices, é hora de mostrar as virtudes e os acertos. “Alagoas tem agora uma política penitenciária eficiente. O módulo é importante para fazer a separação, garantindo a disciplina e a tranquilidade dos presos de bom comportamento nas outras unidades”, enfatizou Ayran.
O promotor da Vara de Execuções, Cyro Blatter, ressaltou as conquistas do sistema prisional. “Alagoas sai do modelo custodial e começa a ressocializar efetivamente, com o Núcleo ressocializador da Capital. Agora, temos um módulo de segurança, um ponto positivo para o sistema prisional de Alagoas”, explicou Blatter.
Para o gerente geral do Presídio Cyridião Durval, José Alexsandro, a dinâmica do módulo vai contribuir no processo de ressocialização. “Retirar os reeducandos líderes de facções ccriminais vai evitar fugas e rebeliões. Quem ficar nos outros módulos vai ter tranquilidade sem a influência e repressão de comandantes de grupos criminosos”, destacou.
Durante a cerimônia, Carlos Luna presenteou o governador, em nome do sistema prisional, com um jogo trabalhado em madeira, confeccionado pelos reeducandos na Fábrica de Esperança.
Certificados - Na oportunidade, foram entregues aos reeducandos do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) certificados de conclusão do primeiro curso de Instalações Hidrossanitárias, realizado em parceria com o Senai. Também receberão certificados servidores, reeducandos e membros da comunidade que concluíram o curso de Informática Básica, realizado na Indústria do Conhecimento, numa parceria da Sgap com o Sesi.
O reeducando Samarone Feliciano agradeceu ao governador a oportunidade. “Hoje podemos desfrutar de conhecimento que não tínhamos. Dias melhores virão. Pretendo cursar o nível superior e se formar em direito”, comemorou o reeducando.
Segurança e economia - A obra recebeu investimentos no valor de dois milhões e meio de reais do Fundo Especial de Segurança Pública (Funesp). A unidade foi erguida junto ao presídio Cyridião Durval e Silva.
Utilizando uma tecnologia inovadora o Módulo de Segurança Máxima levou apenas três meses para ser erguido. Os controles de água, energia e abertura das portas são individuais. As celas possuem isolamento térmico que garante uma redução de 15% da temperatura em seu interior.
Outra vantagem é a economia operacional. O Módulo vai proporcionar uma redução de 80% no consumo de água e energia elétrica e empregar um terço do pessoal necessário para operar um módulo convencional. 11 agentes penitenciários foram treinados para atuar no núcleo. Eles vão se revezar, sendo três por plantão. Eles farão a vigilância em plataformas aéreas, acionando água, energia e abertura das portas através de controles individuais sem contado direto com os presos.
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