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Camisas da Polícia Penal

sábado, 19 de março de 2011

Serra:Corregedoria apura novas denúncias contra soldados.


Indiciados pela Justiça Militar e pela Polícia Civil como responsáveis pelas mortes do adolescente Jeferson Coelho, 17, e de seu tio, Renilson Veriano, 39, no aglomerado da Serra, os soldados Jason Paschoalino e Jonas David Rosa serão novamente investigados pela Corregedoria da Polícia Militar. Os dois integrantes do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) estão sendo citados em pelo menos uma nova denúncia.


Uma comerciante, dona de um bar no aglomerado, alega ter ficado detida durante 33 dias após uma prisão forjada. Ela acusa os militares do Rotam de terem "plantado" dois tabletes de maconha em seu bar para forçar um flagrante.


Além de Jonas e Jason, ela cita o cabo Fabio de Oliveira entre os suspeitos - preso por suspeita de envolvimento nas mortes de Coelho e Veriano, ele foi encontrado morto dois dias depois, na cela em que estava preso.


"Eles entraram no meu estabelecimento, colocaram a droga e, depois, foram à minha casa. Reviraram tudo, pegaram mais de R$ 2.000 e me levaram para a cadeia", relatou.


Ela diz ter sido xingada e ameaçada de morte pelos suspeitos. "Já tinha ouvido que eles ‘plantavam’ drogas e invadiam casas aqui, mas nunca tinha acontecido comigo. Não sei por que fizeram isso comigo", disse.


A denúncia, segundo a ela, será formalizada na próxima quinta-feira, dia 24, na Corregedoria da PM. O caso também deverá ser levado à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. O advogado Agnaldo Aquino, defensor de Jason e Jonas negou as acusações contra seus clientes.


Farsa. Segundo outra denúncia, militares do 22º Batalhão da PM teriam contado uma versão parecida com a alegada pelos integrantes do Rotam após as duas mortes na Serra. A autora da denúncia, moradora do aglomerado, diz que PMs forjaram um tiroteio para justificar a prisão de seu filho, usuário de crack. Ela já moveu um processo contra os militares na Justiça comum.

Polícia Civil confirma suicídio.
Um laudo divulgado ontem pela Polícia Civil confirma que o cabo Fabio de Oliveira, encontrado morto no dia 25 de fevereiro dentro de uma cela do 1º Batalhão da PM, cometeu suicídio por meio de enforcamento. Ele foi apontado pela Corregedoria como um dos responsáveis pelas mortes na Serra.


O promotor Edson Baeta encaminhou, ao juiz do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Guilherme Queiroz, um pedido para ter acesso ao inquérito militar. (MSi)
FONTE: O TEMPO.

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