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Camisas da Polícia Penal

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cadeira-scanner poderá substituir revista íntima

Teste na Casa de Detenção Dutra Laceira revelou eficácia na detecção de objetos metálicos dentro do corpo
Carlos Calaes - Repórter - 24/08/2010 - 23:39
Cadeira-scanner pode minimizar constrangimento e impedir entrada de objetos proibidos
Uma cadeira-scanner, aparelho que substitui a revista íntima e detecta a presença de objetos metálicos escondidos em qualquer parte ou orifícios do corpo, deverá ser instalada em seis unidades prisionais sob a responsabilidade Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais. Há 12 dias em teste na Casa de Detenção Antônio Dutra ladeira, em Ribeirão das Neves (RMBH), a cadeira já mostrou ser eficaz na detecção de objetos metálicos. Uma mulher grávida, dispensada da revista íntima, foi flagrada pela cadeira com um telefone celular e um carregador escondidos na vagina.
De acordo com o subsecretário da Suapi, Genilson Ribeiro Zeferino, 53 anos, no cargo há cinco, o objetivo do sistema prisional mineiro é modernizar para humanizar. Além da Dutra Ladeira, está prevista a instalação das cadeiras-scanner na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Nova Contagem, no Presídio Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, no Presídio de Joaquim de Bicas (RMBH), na Penitenciária Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte.
O custo estimado de cada equipamento é de R$ 59,8 mil. Ao todo, estão previstos investimentos em torno de R$ 360 mil, recursos do Governo mineiro.
Inicialmente, a pessoa coloca o queixo próximo a um sensor e, logo depois, senta-se na cadeira. Todo o procedimento leva apenas alguns segundos. Caso a pessoa tenha algum objeto de metal na boca ou em algum orifício corporal (ânus ou vagina), sensores irão dar o alarme. Ao todo, cinco áreas do corpo passam por sensores: boca, abdômen, anal/vaginal, pernas, canelas e pés.
A detecção de metal acontece quando sensores de campo magnético no assento da cadeira e do conjunto do sensor oral automaticamente interrogam a presença de metal. Nessa momento, alarmes visuais e sonoros são ativados quando algum metal escondido no corpo é detectado pelo campo magnético dos sensores.
Ao contrário da revista íntima, onde a pessoa precisa se despir e se agachar próximo a um espelho, com a cadeira-scanner não há necessidade de submeter ninguém a situações constrangedoras.
Zeferino informou ainda que, tão logo as cadeiras-scanner sejam instaladas, além de visitantes, qualquer pessoa que trabalhe na unidade, como agentes e servidores administrativos terão de se submeter a um exame antes de entrar na penitenciária.
“Será uma iniciativa inédita no país. Como é um processo rápido, não invasivo e indolor, será incorporado à rotina da jornada de trabalho. A medida é para acabar de vez com eventuais casos de corrupção, ou seja, agentes ou servidores que porventura queiram fazer chegar algum objeto não autorizado, como telefone, a qualquer detento”, resume.
Zeferino adianta que, tão logo as seis primeiras unidades sejam compradas e instaladas, outras unidades prisionais, como o Ceresp de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, receberão o equipamento. O subsecretário da Suapi também se referiu a um bloqueador de telefones celulares que está em teste há dois meses na penitenciária Nelson Hungria.
De acordo com o secretário, o equipamento, fabricado pela também norte-americana Indiana, já comprovou sua eficácia, mas só deverá ser instalado na Nelson Hungria. Zeferino não informou o preço do equipamento e quando ele será efetivamente comprado.









Um comentário:

  1. Utópico !!! Tudo que venha para somar será bem vindo, mas essa ai... Na reportagem, não citou em momento algum que a máquina detecta drogas. Na unidade em que trabalho, temos grandes indícios que visitantes entram com drogas nos orgãos genitais, e que por questões óbvias que todos sabem, somente uma pequena parcela é presa em flagrante. "Isso tá me cheirando politicagem do Zeca Pimenteira Genilson"

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