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Camisas da Polícia Penal

quarta-feira, 7 de março de 2012

CURVELO: Anonimato não foi garantido Funcionários tiveram seus nomes revelados

Cansados de sofrer represálias, por parte do diretor José Marcos de Oliveira, que comanda o presídio de Curvelo, na região Central de Minas, os agentes penitenciários resolveram denunciar os atos de improbidade administrativa e de abuso de poder ao 181, da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). No entanto, o serviço, que garante o sigilo absoluto do denunciante, teria "vazado" os nomes dos funcionários que revelaram o que vivem na unidade prisional.

"Todos os agentes que denunciaram de forma anônima tiveram seus nomes informados, não sei por quem, ao diretor, que continua a persegui-los, só que de maneira mais agressiva", revela o advogado Leandro Pereira Ribeiro. Um dos agentes, de 33 anos, que não quis ser identificado, disse que, pelo menos, 20 funcionários estão na mesma situação. "Sofremos tortura física e psicológica de todas as formas. Quando entrei para o sistema, pensei que era de uma forma, mas vi que as coisas são bem diferentes", lamenta.

Conforme disse o agente, os funcionários foram divididos em dois grupos. Um é composto por aqueles que resolveram denunciar os atos do diretor e cumprir tarefas irregularidades, como tortura de presos. Do outro lado, estão os funcionários fieis em obedecer essas ordens. "Esses saem até para beber nos bares com o Oliveira e recebem todo tipo de regalia", completa.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Seds garantiu que o Disque Denúncia Unificado (181) é regido pelos princípios do resguardo absoluto e incondicional do anonimato do cidadão e do total sigilo das informações referentes ao conteúdo das denúncias anônimas e dos procedimentos por elas desencadeados.

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