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Camisas da Polícia Penal

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Reportagem do Jornal Hoje em Dia

Dois agentes penitenciários acusam PMs de espancamento


Da redação - 6/02/2011 - 10:55 
Dois agentes penitenciários fizeram exame de corpo de delito, sábado, no Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte, depois de se envolverem em uma confusão com policiais militares em Santa Luzia. Essa é a segunda vez que integrantes das duas corporações se ‘estranham’ em menos de uma semana na Grande BH. O comando do 35º Batalhão da Polícia Militar (PM) informou que vai apurar o caso.


A confusão aconteceu na noite da última sexta-feira, depois que policiais militares foram a uma pizzaria, no Bairro Londrina, para verificar denúncias relacionadas ao tráfico de drogas. Mais de 20 pessoas foram revistadas no local, entre elas, os dois agentes penitenciários que pediram para não ser identificados. A. C.D., 33 anos, e G.F.S., 41 anos, jantavam quando foram abordados por um sargento da PM.


Os agentes afirmam que se identificaram para os policiais mostrando as carteiras funcionais. Um deles estava armado e teria apresentado o registro da pistola e o documento de porte. Segundo A. C.D., ainda assim, ele e o colega foram jogados no chão e presos. “Eles nos trataram com brutalidade. Deram chutes enquanto estávamos no chão, nos algemaram do nada. Não desobedecemos as ordens que os policiais deram. Não entendo porque nos espancaram”.


O outro agente penitenciário mostrou aos médicos peritos as marcas das supostas agressões que ficaram nas costas e nas mãos. G. F. S. também teve a camisa rasgada. Ele e o colega contaram na delegacia que passaram mais de sete horas dentro das viaturas da PM. “Eles colocaram cada um em um camburão, entraram no batalhão e só saíram quando já estava amanhecendo. Depois disso, nos levaram para o pronto atendimento para sermos medicados”, conta o agente.


Na delegacia, os policiais registraram a ocorrência que narra supostos atos de desobediência e desacato dos agentes penitenciários. O boletim também traz a versão dos militares de que os dois detidos não se identificaram e foram agressivos durante a abordagem. O comando do 35º Batalhão da Polícia Militar (PM) informou que vai apurar o caso.


A. C. D. e G. F. S. foram liberados depois de serem ouvidos. A arma apreendida pela PM também foi devolvida, já que o proprietário possui o porte. Os agentes garantem que vão amanhã à Corregedoria da Polícia Militar para registrar denúncia. Os agentes penitenciários não são policiais civis, mas integram a corporação.


Na última quarta-feira, policiais civis e militares se enfrentaram em frente a uma oficina mecânica, no Bairro Amazonas, em Contagem, na Grande BH. A confusão começou depois que sete homens foram presos por agentes do Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Os suspeitos teriam participado de um sequestro, seguido de roubo, de um gerente do Banco Santander, em Betim.

Segundo testemunhas, os policiais civis chegaram ao local em carros descaracterizados e prenderam os suspeitos dentro da oficina. No momento em que os detidos eram colocados nos veículos, chegou uma viatura da PM. Um tenente teria entrado na oficina e exigido a identificação dos agentes, entre eles, um delegado. Os policiais se desentenderam e houve agressividade dos dois lados. O caso está sendo apurado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar

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